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Clássicos do Espiritismo
Ano 4 - N° 187 - 5 de Dezembro de 2010
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 


Socialismo e Espiritismo

Léon Denis

(Parte 4)

Continuamos a apresentar o estudo do clássico Socialismo e Espiritismo, de Léon Denis, com base na tradução de Wallace Leal V. Rodrigues, publicada pela Casa Editora O Clarim.

Questões preliminares

A. Qual é a finalidade da vida?

A finalidade da vida não é a procura da felicidade, como muitos pensam, mas o aperfeiçoamento e a depuração do ser, que deve sair da existência melhor do que nela entrou. E os meios de realização disso são o trabalho, o estudo, o esforço constante para o bem. (Socialismo e Espiritismo, pp. 64 e 65.)

B. A partir de que ponto deve começar a reforma social?

Para ser mais segura e mais prática, a reforma social deve começar pela reforma do homem em si mesmo. Se cada um se impusesse uma disciplina intelectual, uma regra capaz de asfixiar, de destruir um fundo de egoísmo e brutalidade que nos foram legados pelas idades, e toda a bagagem mórbida que trazemos ao nascer, e que é a herança de nossas vidas passadas, a evolução do meio social seria mais rápida. (Obra citada, pp. 65 e 66.)

C. É certo dizer que somos construtores do nosso próprio destino?

Sim. Segundo Léon Denis, construímos nós mesmos o nosso destino; e nossos atos, bons e maus, recaem sobre nós através dos tempos, com as suas consequências. (Obra citada, pág. 70.)

Texto para leitura  

37. O ensino moral deve mostrar a todos a finalidade da vida, que não é a procura da felicidade, como muitos pensam, mas o aperfeiçoamento e a depuração do ser, que deve sair da existência melhor do que nela entrou. Os meios de realização são o trabalho, o estudo, o esforço constante para o bem. (Págs. 64 e 65) 

38. A reforma social deveria, pois, para ser mais segura e mais prática, começar pela reforma do homem em si mesmo. Se cada um se impusesse uma disciplina intelectual, uma regra capaz de asfixiar, de destruir um fundo de egoísmo e brutalidade que nos foram legados pelas idades, e toda a bagagem mórbida que trazemos ao nascer, e que é a herança de nossas vidas passadas, a evolução do meio social seria mais rápida. (Págs. 65 e 66) 

39. A felicidade não está fora de nós, mas antes em nossa maneira de julgar as coisas. A tarefa mais urgente, mais necessária para cada um de nós, seria a de trabalhar na cultura do “Eu”, na reforma do caráter, de maneira a servir de exemplo àqueles que nos cercam e à sociedade inteira. (Pág. 66) 

40. Não sendo o estado social, em seu conjunto, senão o resultado dos valores individuais, importa antes de tudo obstinar-nos nessa luta contra nossos defeitos, nossas paixões, nossos interesses egoístas. Enquanto não tivermos vencido o ódio, a inveja, a ignorância, não se poderá estabelecer a paz, a fraternidade, a justiça entre os homens, e a solução dos problemas sociais permanecerá incerta e precária. (Págs. 66 e 67) 

41. As leis de um povo são a reprodução, a imagem fiel de seu estado de espírito e de consciência e demonstram o grau de civilização ao qual chegou. Em todas as tentativas de reforma social, é preciso falar ao coração do povo ao mesmo tempo que à sua inteligência e razão. A sociedade é um agrupamento de almas; para melhorar o todo, é preciso melhorar cada célula social, isto é, cada indivíduo. (Pág. 67) 

42. Para isso, o mais essencial seria dar ao povo uma nova educação, baseada sobre uma doutrina espiritualista vasta e racional. Cabe à escola inculcar na juventude os princípios regeneradores, pois não se forma uma sociedade sem todas as suas peças, e é preciso começar na infância a preparar a obra do século. Faz-se necessário uma concepção simples, nítida, clara da vida e do destino. Para coroar a educação popular é necessário uma alta moral desprendida de preconceitos, de seitas e de castas, impregnada de piedade humana, de piedade para com tudo e com todos, homens e animais. (Pág. 68) 

43. A inveja, o ciúme engendraram o ódio entre as classes pobres. É preciso anular o ódio do coração humano, pois com ele não há paz, harmonia, felicidade possíveis. O ódio não pode ser vencido pelo ódio, mas sim pela bondade, pela benevolência, pela tolerância. A nova educação deverá insistir também sobre a noção das vidas sucessivas, porque enquanto essa grande doutrina não vier esclarecer o caminho do homem na Terra a incerteza persistirá, gerando os tateamentos, os erros e todos os males que decorrem da ignorância. (Págs. 68 e 69) 

44. Compreenderemos então que construímos, nós mesmos, o nosso destino e que nossos atos, bons e maus, recaem sobre nós através dos tempos, com as suas consequências. Nossa maneira de agir e de viver seria desta forma, sem qualquer dúvida, profundamente modificada. (Pág. 70) 

45. Não será, assim, difícil compreender que nossas necessidades intelectuais desbordam dos limites de nossa vida e que nossas aspirações e tendências ultrapassam o quadro estreito da existência atual. Compreendamos que tudo no Universo: justiça, verdade, moral, se combina e se funde em um princípio único que é a lei viva do Universo identificada em Deus. Apenas quando o homem gravou essa lei em sua consciência e dela fez o móvel de suas ações é que entra ele em comunhão divina e goza as alegrias espirituais que dela decorrem. Esse fim, esse resultado é certamente longínquo e difícil de ser realizado plenamente na Terra. Entretanto, todas as grandes obras nele se inspiram. Os socialistas devem, pois, adotá-la acima de tudo e fazer dela a regra de seu trabalho, a base de suas organizações. (Pág. 71) 

46. Com efeito, como se poderia vencer o mal, o erro, a injustiça no mundo se não se começar a vencê-los em cada ser em particular? Esta luta, entre todas, é meritória e fecunda, porquanto a cada passo à frente, a cada conquista sobre suas paixões, o homem sente se acrescerem suas forças radiantes e a influência benévola que ela exerce em seus semelhantes. Ele aprenderá então, pouco a pouco, a unir seus esforços aos do mundo invisível para a realização da obra comum: o aperfeiçoamento social. (Págs. 71 e 72) 

47. O Socialismo teria assim, deste ponto vista, um grande papel a desempenhar, que seria o de fazer penetrar na alma do povo o culto da beleza intelectual e moral, sob formas simples, porém capazes de reagir contra esses prazeres malsãos em que o espírito se corrompe, em que o gosto se perverte. Elevar o pensamento para o ideal onde converge toda a evolução universal, para as alturas onde irradiam a luz, a verdade, a bondade – eis o seu papel, pois não basta assegurar o bem-estar material, é preciso também dar ao homem a força moral que o sustente nas provas, nos reveses, nas moléstias, como diante da morte daquele que ele amou. (Pág. 72)  (Continua no próximo número.)



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita