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Estudando a série André Luiz
Ano 4 - N° 187 - 5 de Dezembro de 2010

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

 

Nos Domínios da Mediunidade

André Luiz

(Parte 26)

Damos continuidade ao estudo da obra Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Como o instrutor Aulus define o passe?

Segundo Aulus, o passe é uma transfusão de energias, alterando o campo celular. Para explicar suas palavras, ele disse: “Vocês sabem que na própria ciência humana de hoje o átomo não é mais o tijolo indivisível da matéria... que, antes dele, encontram-se as linhas de força, aglutinando os princípios subatômicos, e que, antes desse princípio, surge a vida mental determinante... Tudo é espírito no santuário da natureza”. E aduziu: “Renovemos o pensamento e tudo se modificará conosco”. Na assistência magnética, os recursos espirituais se entrosam entre a emissão e a recepção, ajudando a criatura necessitada para que ela ajude a si mesma. “A mente reanimada reergue as vidas microscópicas que a servem, no templo do corpo, edificando valiosas reconstruções.” (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 17, pp. 168 a 170.) 

B. O passe pode ser ministrado a distância?

Sim, desde que haja sintonia entre aquele que o administra e aquele que o recebe. “Nesse caso – explicou Aulus –, diversos companheiros espirituais se ajustam no trabalho do auxílio, favorecendo a realização, e a prece silenciosa será o melhor veículo da força curadora.” (Obra citada, cap. 17, pp. 168 a 170.)

C. Os protetores espirituais podem solucionar de forma decisiva os nossos problemas?

Não. É um equívoco bastante comum esperar do Céu uma solução decisiva e absoluta para os nossos problemas. Tal atitude decorre de antiga viciação mental no Planeta. “Jesus, o Governador Espiritual do Mundo, auxiliou a doentes e aflitos – lembrou Aulus –, sem retirá-los das questões fundamentais que lhes diziam respeito. Zaqueu, o rico prestigiado pela visita que lhe foi feita, sentiu-se constrangido a modificar a sua conduta. Maria de Magdala, que lhe recebeu carinhosa atenção, não ficou livre do dever de sustentar-se no árduo combate da renovação interior...” Dito isso, Aulus aduziu: “Segundo reconhecemos, seria ilógico aguardar dos desencarnados a liquidação total das lutas humanas. Isso significaria furtar o trabalho que corresponde ao sustento do servidor, ou subtrair a lição ao aluno necessitado de luz”. (Obra citada, cap. 18, pp. 173 e 174.) 

Texto para leitura 

76. Renovar o pensamento é fundamental – A convite de Aulus, André Luiz aproximou-se de idosa matrona que aguardava a sua vez no serviço dos passes. A senhora sustentava-se dificilmente de pé, com o ventre volumoso e o semblante dolorido. Seu fígado demonstrava a dilatação característica das pessoas que sofrem de insuficiência cardíaca. As células hepáticas pareciam vasta colmeia, trabalhando sob enorme perturbação. A vesícula congestionada levou-o a inspecionar  o intestino. A bile comprimida atingira os vasos e assaltava o sangue. A icterícia  mostrava-se insofismável. Conrado confirmou: “Sim, é uma icterícia complicada. Nasceu de terrível acesso de cólera, em que nossa amiga se envolveu no reduto doméstico. Rendendo-se, desarvorada, à irritação, adquiriu renitente hepatite, da qual a icterícia  é a consequência.” (N.R.: Icterícia – estado mórbido que se caracteriza pelo aumento de bilirrubina no sangue, com deposição consecutiva desse pigmento nos vários tecidos, particularmente na pele e nas mucosas, donde a cor amarelada apresentada pelo paciente.) Conrado, impondo a destra sobre a fronte da médium, comunicou-lhe radiosa  corrente de forças e  inspirou-a a movimentar as mãos sobre a doente, desde a cabeça até o fígado enfermo. O córtex encefálico revestiu-se de substância luminosa que, descendo em fios muito tênues, alcançou o campo visceral. A senhora mostrou imediato alívio e retirou-se satisfeita, prometendo voltar ao tratamento. Estaria ela curada? Aulus respondeu: “Isso é impossível; temos aí órgãos e vasos comprometidos. O tempo não pode ser desprezado na solução.” E explicou: “O passe é uma transfusão de energias, alterando o campo celular. Vocês sabem que na própria ciência humana de hoje o átomo não é mais o tijolo indivisível da matéria... que, antes dele, encontram-se as linhas de força, aglutinando os princípios subatômicos, e que, antes desse princípio, surge a vida mental determinante... Tudo é espírito no santuário da natureza. Renovemos o pensamento e tudo se  modificará conosco. Na assistência magnética, os recursos espirituais se entrosam entre a emissão e a recepção, ajudando a criatura necessitada para que ela ajude a si mesma.” “A mente reanimada reergue as vidas microscópicas que a servem, no templo do corpo, edificando valiosas reconstruções. O passe, como reconhecemos, é importante contribuição para quem saiba recebê-lo, com o respeito e a confiança que o valorizam.” Podemos ministrá-lo a distância? “Sim, desde que haja sintonia entre aquele que o administra e aquele que o recebe”, respondeu Aulus. “Nesse caso, diversos companheiros espirituais se ajustam no trabalho do auxílio, favorecendo a realização, e a prece silenciosa será o melhor veículo da força curadora.”  (Cap. 17, págs. 168 a 170.)  

77. A vida terrena é muito curta – No salão, enquanto Ambrosina continuava psicografando  mensagens endereçadas aos presentes, um dos oradores falava ao público. Alguns encarnados jaziam impermeáveis e sonolentos, vampirizados por obsessores caprichosos que os acompanhavam de perto; contudo, muitos desencarnados de mediana compreensão ouviam, solícitos e sinceramente aplicados ao ensino consolador. Gabriel a tudo presidia com firmeza e nada lhe escapava à percepção. Aludindo às mensagens recebidas pela médium, o Assistente explicou que se tratava de respostas reconfortantes  a companheiros que solicitaram assistência e consolo dos Espíritos. As mensagens traziam a solução definitiva para os problemas expostos? “Isso não – aclarou Aulus –; entre o auxílio e a solução vai sempre alguma distância em qualquer dificuldade, e não podemos esquecer que cada um de nós possui os seus próprios enigmas.” Hilário então indagou: “Se é assim, por que motivo o intercâmbio?” O Assistente respondeu: “Não te esqueças do impositivo da cooperação na estrada de cada ser. Na vida eterna, a existência no corpo físico, por mais longa, é sempre curto período de aprendizagem. E não nos cabe olvidar  que a Terra é o campo onde ferimos a nossa batalha evolutiva. Dentro dos princípios de causa e efeito, adquirimos os valores da experiência com que estruturamos a nossa individualidade para as Esferas Superiores. A mente, em verdade, é o caminheiro buscando a meta da angelitude, contudo, não avançará sem auxílio. Ninguém vive só. Os pretensos mortos precisam amparar os companheiros em estágio na matéria densa, porquanto em grande número serão compelidos a novos mergulhos na experiência carnal”. “É da Lei que a sabedoria socorra a ignorância, que os melhores ajudem os menos bons.”  (Cap. 18, págs. 171 a 173.)  

78. O caso do filho angustiado – Aulus explicou, ainda, que os homens, ao cooperarem com os Espíritos esclarecidos e benevolentes, atraem simpatias preciosas para a vida espiritual, e as entidades amigas, auxiliando os encarnados, constroem facilidades para o dia de amanhã, quando de volta à lide terrestre. O equívoco dos homens está em esperar do Céu uma solução decisiva e absoluta para os seus problemas. Tal  atitude decorre de antiga viciação mental no Planeta. “Jesus, o Governador Espiritual do Mundo, auxiliou a doentes e aflitos – lembrou o Assistente –, sem retirá-los das questões fundamentais que lhes diziam respeito. Zaqueu, o rico prestigiado pela visita que lhe foi feita, sentiu-se constrangido a modificar a sua conduta. Maria de Magdala, que lhe recebeu carinhosa atenção, não ficou livre do dever de sustentar-se no árduo combate da renovação interior...” Dito isso, Aulus concluiu: “Segundo reconhecemos, seria ilógico aguardar dos desencarnados a liquidação total das lutas humanas. Isso significaria furtar o trabalho que corresponde ao sustento do servidor, ou subtrair a lição ao aluno necessitado de luz.” Nesse ponto, perto de André, simpática senhora monologava em pensamento: “Meu filho! Meu filho! Se você não está morto, visite-me! Venha! Venha! Estou morrendo de saudade, de angústia!... fale-me alguma palavra pela qual nos entendamos... Se tudo não está acabado, aproxime-se da médium e comunique-se! É impossível que você não tenha piedade...” As frases amargas, embora inarticuladas, atingiram André e seus amigos, qual se fossem arremessadas ao ambiente em voz abafadiça. Leve rumor à  retaguarda seguiu-se, então. Era o filho desencarnado que, apresentando-se em lastimáveis condições, avançou para a triste mulher, dominado por invencível atração. “Mãe! Mãe! – gritava de joelhos, como atormentada criança – não me abandone!... Estou aqui, ouça-me! Não morri... perdoe-me, perdoe-me!... sou um renegado, um náufrago!... Busquei a morte quando eu deveria viver para o seu carinho! Agora sim! Vejo o sofrimento de perto e desejaria aniquilar-me para sempre, tal a vergonha que me aflige o coração!...” A matrona não viu o filho, mas registrou-lhe a presença, em forma de intraduzível ansiedade. (Cap. 18, págs. 173 e 174.) (Continua no próximo número.)



 


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